domingo, 23 de maio de 2010

Melanoma


O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave. Em Portugal surgem, anualmente, cerca de 700 novos casos de melanoma maligno.
O melanoma é um tipo de cancro de pele. Tem início nas células da pele, os melanócitos. Para perceber o melanoma, é útil conhecer a pele e os melanócitos: qual a sua função, como crescem e o que acontece, quando se tornam cancerígenos. A pele é o maior órgão do corpo: protege-o do calor, da luz do sol, de feridas e de infecções. Ajuda a regular a temperatura corporal, armazena água e gordura, e produz vitamina D. A pele tem duas camadas principais: a epiderme (exterior) e a derme (interior). A derme contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos, folículos pilosos e glândulas. Algumas destas glândulas produzem suor, que ajuda a regular a temperatura do organismo. Outras glândulas produzem sebo, uma substância oleosa que contribui para que a pele não seque. O suor e o sebo atingem a superfície da pele, através de pequenas aberturas: poros. O melanoma surge quando os melanócitos (células pigmentares) se tornam malignos. A maioria das células pigmentares encontra-se na pele; quando o melanoma tem início na pele, a doença chama-se melanoma cutâneo. O melanoma pode, também, ocorrer nos olhos (melanoma ocular ou melanoma intra-ocular). O melanoma raramente surge nas meninges, no aparelho digestivo, nos gânglios linfáticos ou noutras áreas onde há melanócitos. Os melanomas com origem noutras zonas, que não a pele, não serão aqui abordados. O melanoma é um dos tipos de cancro mais comum. A probabilidade de desenvolver melanoma aumenta com a idade, embora a doença afecte pessoas de todas as idades. Pode ocorrer em qualquer superfície da pele. Nos homens, o melanoma encontra-se, muitas vezes, no tronco (zona entre os ombros e as ancas), ou na cabeça e pescoço. Nas mulheres, desenvolve-se muitas vezes na zona inferior das pernas. A ocorrência de melanoma, na raça negra e noutras raças com pele escura, é rara; quando se desenvolve em pessoas de pele escura, tende a ocorrer sob as unhas dos pés e mãos, na palma das mãos ou planta dos pés. Quando o melanoma se espalha, ou dissemina, podem aparecer células cancerígenas nos gânglios linfáticos vizinhos. Os gânglios linfáticos "captam" bactérias, células cancerígenas ou outras substâncias nocivas, que possam estar presentes no sistema linfático. Se o tumor atingiu os gânglios linfáticos, pode significar que as células cancerígenas se espalharam já para outras partes do corpo, tal como o fígado, pulmões ou cérebro. Neste caso, as células cancerígenas do "novo tumor" são, ainda, células de melanoma, e a doença chama-se melanoma metastizado, e não cancro do fígado, do pulmão ou do cérebro (sistema nervoso central).




Sintomas:


Muitas vezes, o primeiro sinal de melanoma é uma alteração no tamanho, forma, cor ou textura de um sinal existente. A maioria dos melanomas apresenta uma zona preta ou preta-azulada; também pode surgir como um novo sinal: pode ser preto, anómalo ou com "mau aspecto".


- Assimetria: a forma de uma metade não coincide com a outra.


- Bordos: as margens são geralmente irregulares, biseladas, parecendo borradas ou irregulares; o pigmento pode espalhar-se para a pele circundante.


- Cor: a cor é desigual; pode apresentar sombras de preto, castanho e um tom bronzeado.


Também podem ser observadas zonas de branco, cinzento, vermelho, rosa ou azul.


- Diâmetro: existe uma alteração no tamanho, que geralmente aumenta. Os melanomas são, por norma, maiores do que a borracha de um lápis (5 milímetros).




Factores de risco:


- Nevo displásico: é mais provável que os nevos displásicos se tornem cancerígenos do que os sinais comuns. Os nevos displásicos são comuns, e muitas pessoas têm alguns destes sinais anómalos. O risco é superior em pessoas com um grande número de nevos displásicos. O risco é particularmente elevado em pessoas com história familiar de nevos displásicos ou de melanoma.


- Muitos sinais comuns (mais de 50): ter muitos sinais aumenta o risco de desenvolver melanoma.


- Pele clara: o melanoma ocorre com maior frequência em pessoas com pele clara, que queima e "faz" sardas facilmente (geralmente, estas pessoas têm cabelo ruivo ou louro e olhos azuis), comparativamente a pessoas com pele escura. As pessoas de raça caucasiana (branca) desenvolvem melanoma mais frequentemente do que as de raça negra, provavelmente porque a pele clara sofre mais facilmente os danos causados pelo sol.


- História pessoal de melanoma ou cancro da pele: as pessoas que já foram tratadas a um melanoma, apresentam risco mais elevado de ter um segundo melanoma. Algumas pessoas desenvolvem mais de dois melanomas. Pessoas que tiveram um ou mais cancros de pele comuns, como o carcinoma das células basais ou carcinoma das células escamosas, têm risco aumentado para melanoma.


História familiar de melanoma: por vezes, o melanoma ocorre em várias pessoas da família. Ter dois ou mais familiares próximos que tiveram melanoma, é um factor de risco. Cerca de 10% de todas as pessoas com melanoma têm um membro da família com a doença. Quando o melanoma ocorre numa família, todos os membros da família devem ser vistos regularmente por um médico.


- Sistema imunitário enfraquecido (deprimido): pessoas cujo sistema imunitário está enfraquecido por certos tumores, por fármacos administrados depois de um transplante de órgãos ou por HIV, têm risco aumentado de desenvolver melanoma.


- Queimaduras solares graves, com feridas ou bolhas: uma pessoa que tenha tido pelo menos uma queimadura solar grave, com formação de bolhas, quando criança ou adolescente, tem risco aumentado de melanoma. Como tal, é aconselhável que os pais protejam a pele das crianças do sol. A protecção solar pode reduzir o risco de melanoma, mais tarde na vida. As queimaduras solares, em idade adulta, também são um factor de risco para melanoma.


- Radiação UV (ultra-violeta): pensa-se que o aumento mundial do número de melanomas esteja relacionado com o aumento do tempo de exposição ao sol. O melanoma é mais comum em zonas com grande incidência de radiação UV do sol. A radiação solar UV provoca envelhecimento prematuro e danos na pele, que podem originar melanoma. As fontes artificiais de radiação UV, como lâmpadas solares e cabines de bronzeamento (solários), também podem provocar danos na pele e aumentar o risco de melanoma. A exposição aos raios UV naturais deve ser limitada; as fontes artificiais devem ser evitadas.




Diagnóstico:


Se o médico suspeitar que uma mancha na pele é melanoma, a pessoa terá que fazer uma biópsia. A biópsia é a única forma de fazer um diagnóstico definitivo. Neste procedimento, o médico tenta remover a totalidade da proeminência de aspecto suspeito; neste caso, é designada biópsia excisional. Se a saliência for muito grande para ser inteiramente removida, o médico remove apenas uma amostra de tecido.




Tratamento:


Para cada caso de melanoma, o médico irá desenvolver um plano de tratamentos que vá de encontro às necessidades específicas de cada pessoa. O tratamento do melanoma depende, principalmente, do estádio da doença, da idade e do estado de saúde geral da pessoa, entre outros factores. O médico poderá falar consigo sobre as possíveis escolhas de tratamento e resultados esperados, tendo em consideração os benefícios esperados e possíveis efeitos secundários de cada opção.
O médico pode aconselhar a consulta com um médico especialista. O melanoma pode ser tratado por diferentes especialistas, como sejam: dermatologista, cirurgião, oncologista, radioterapeuta e cirurgião plástico. Pode ter um especialista diferente, para cada tipo de tratamento que vá fazer.


- Cirurgia


- Quimioterapia


-Imunoterapia


- Radioterapia

1 comentário:

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