domingo, 23 de maio de 2010

Linfoma não-Hodgkin


Em Portugal, todos os anos cerca de 1700 pessoas são informadas que têm linfoma não Hodgkin (LNH)
O conhecimento acerca do Linfoma não Hodgkin tem vindo a aumentar, devido à investigação; continuam a ser estudadas as suas causas e a ser investigados novos processos de tratamento para esta doença. Graças à investigação contínua, pessoas com Linfoma não Hodgkin podem esperar uma melhor qualidade de vida, e menor probabilidade de morrer desta doença.
O Linfoma nâo Hodgkin é um tumor que tem início no sistema linfático.
O sistema linfático faz parte do sistema imunitário do nosso organismo. O sistema imunitário combate as infecções e outras doenças. No sistema linfático, uma rede de vasos linfáticos transporta um líquido transparente, chamado linfa. Os vasos linfáticos são "conduzidos" para os gânglios linfáticos (pequenos órgãos, de forma redonda). Nos gânglios linfáticos existem os linfócitos (um tipo de glóbulos brancos). Os gânglios linfáticos capturam e removem bactérias, e outras substâncias nocivas, que possam estar na linfa. Os gânglios linfáticos existem no pescoço, axilas, tórax, abdómen e virilhas. Outras partes do sistema linfático incluem as amígdalas, o baço e o timo. O tecido linfático também se encontra noutras partes do corpo, como o estômago, a pele e o intestino delgado. Existem muitos tipos de Linfoma não Hodgkin. Todos os tipos de linfoma têm início nas células do sistema linfático. O Linfoma não Hodgkin tem início quando um linfócito, uma célula B ou uma célula T se torna anómala. Geralmente, o Linfoma não Hodgkin começa numa célula B, num gânglio linfático. A célula anómala divide-se, para fazer cópias de si própria; as novas células dividem-se novamente, e novamente, originando mais e mais células anómalas. As células anómalas são células cancerígenas, que não morrem quando deviam. Não protegem o organismo de infecções nem de outras doenças. As células cancerígenas podem espalhar-se para quase todas as partes do organismo, ou seja, metastizar.


Tipos de Linfoma:


Quando o linfoma é detectado, o patologista reporta o tipo de linfoma. Os tipos mais comuns são o linfoma difuso de grandes células B, e o linfoma folicular.


Os linfomas podem ser agrupados pela sua velocidade de crescimento:


- Indolentes (também chamados de baixo-grau): crescem lentamente. Tendem a causar poucos sintomas.


- Agressivos (também chamados de grau intermédio ou de alto grau): crescem e espalham-se mais rapidamente. Tendem a causar sintomas graves. Com o tempo, muitos linfomas indolentes tornam-se linfomas agressivos.


Sintomas:


- Gânglios linfáticos inchados e indolores, no pescoço, axilas e virilhas.


- Perda inexplicável de peso.


- Febre, sem foco explicável.


- Suores nocturnos abundantes.


- Tosse, dificuldade respiratória ou dor no peito.


- Fraqueza e cansaço que não desaparecem.


- Dor, inchaço ou sensação de enfartamento no abdómen


Factores de risco:


- Sistema imunitário debilitado: ter um sistema imunitário debilitado, devido a um problema hereditário, a infecção por HIV (vírus da imunodeficiência humana), devido a certos fármacos ou outros factores, aumenta o risco de desenvolver Linfoma não Hodgkin.


- Determinadas infecções: ter certo tipo de infecções, pode aumentar o risco de desenvolver Linfoma não Hodgkin. No entanto, o linfoma não é contagioso; não se "apanha" linfoma de outra pessoa. Os principais tipos de infecção, que podem aumentar o risco de linfoma, são:
Vírus da imunodeficiência humana (HIV): o HIV é o vírus que provoca a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida). As pessoas que estão infectadas com o HIV , têm maior risco de desenvolver certos tipos de Linfoma não Hodgkin.


-Vírus de Epstein-Barr (EBV): a infecção com EBV tem sido associada a um risco aumentado de linfoma.


- Helicobacter pylori : esta bactéria pode causar úlceras no estômago; pode, ainda, aumentar o risco da pessoa ter linfoma, no revestimento do estômago.
Vírus dos linfomas T humanos (HTLV-1): a infecção por HTLV -1 aumenta o risco de desenvolver linfoma e leucemia.


- Vírus da hepatite C: alguns estudos demonstraram um risco aumentado de linfoma, em pessoas com o vírus da hepatite C. É necessário continuar a investigar qual o papel do vírus da hepatite C.

- Idade: apesar do Linfoma não Hodgkin poder aparecer em pessoas jovens, a probabilidade de desenvolver esta doença aumenta com a idade. A maioria das pessoa com Linfoma não Hodgkin tem mais de 60 anos.


Prevenção:


- Análises sanguíneas: o laboratório faz a contagem de células do sangue.


- Radiografia ao tórax: importante para despistar sinais de doença no tórax; permite uma avaliação indirecta dos pulmões e do coração.



Tratamento:


A escolha do tratamento depende de vários factores, incluindo:


- Tipo de Linfoma não Hodgkin (EX. linfoma folicular).


- Estadio do linfoma.


- Velocidade de crescimento do linfoma, ou seja, se é um linfoma indolente ou agressivo.


- Idade.


- Outros problemas de saúde.


Os tipos de tratamento que existem para combater o Linfoma não-Hodgkin são a quimioterapia, a radioterapia e a Imunoterapia.

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