sábado, 22 de maio de 2010

Cancro da Bexiga


A bexiga é um órgão oco situado na zona inferior do abdómen; armazena a urina, o resíduo líquido produzido e eliminado pelos rins.


Sintomas:
- Sangue na urina (a urina apresenta uma coloração que pode variar entre o avermelhado e o vermelho intenso);
- Dor durante a micção; e micção frequente, ou sensação de necessidade de urinar sem o conseguir.

Estes sintomas não são sinais da presença de cancro da bexiga; infecções, tumores benignos, pedras na bexiga ou outros problemas podem também estar na sua origem. Qualquer pessoa com estes sintomas deverá consultar o médico o mais rápido possível para diagnosticar e tratar eventuais problemas.


Factores de risco:

- Idade. A probabilidade de desenvolver cancro da bexiga aumenta com a idade. As pessoas com menos de 40 anos raramente manifestam esta doença.

- Tabagismo. O tabaco é um dos principais factores de risco. Os fumadores têm uma probabilidade duas a três vezes superior de desenvolver cancro da bexiga do que os não fumadores. Os fumadores de cachimbo e charutos apresentam também um risco acrescido.

- Profissão. Alguns profissionais estão em maior risco de desenvolver cancro da bexiga devido à presença de carcinogénios no local de trabalho. Os trabalhadores da indústria da borracha, química e das peles são grupos de risco, assim como os cabeleireiros, maquinistas, operários metalúrgicos, tipógrafos, pintores, trabalhadores têxteis e camionistas.
- Infecções. Estar infectado com determinados parasitas aumenta o risco de cancro da bexiga. Estes parasitas são mais frequentes em regiões tropicais.

- Tratamento com ciclofosfamida ou arsénico. Estes fármacos são utilizados no tratamento do cancro e de outras patologias e aumentam o risco de cancro da bexiga.

- Raça. Os indivíduos da raça caucasiana registam uma incidência de cancro da bexiga duas vezes superior à da raça afro-americana e hispânica. Os indivíduos da raça asiática apresentam a menor taxa de incidência.

- Sexo. Os homens têm uma probabilidade duas a três vezes superior de desenvolver cancro da bexiga do que as mulheres.

- Antecedentes familiares. As pessoas com familiares que tiveram cancro da bexiga têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Os investigadores estão a estudar alterações em determinados genes que podem aumentar o risco de cancro da bexiga.

- Antecedentes pessoais de cancro da bexiga. As pessoas que já tenham tido cancro da bexiga têm maior probabilidade de desenvolver novamente a doença.


Diagnóstico:

Se uma pessoa apresentar sintomas que possam indiciar um cancro da bexiga, o médico deve verificar os sinais gerais de saúde e pode pedir a realização de análises laboratoriais A pessoa poderá ter de se submeter a um ou mais dos seguintes procedimentos:

Exame físico. O médico palpa o abdómen e a pélvis, procurando a existência de um possível tumor O exame físico pode incluir um exame rectal ou vaginal.

Análises à urina. O laboratório verifica a presença de sangue, células cancerígenas e outros sinais de doença na urina.

Pielograma intravenoso. O médico injecta um contraste num vaso sanguíneo Este contraste junta-se à urina, fazendo com que a bexiga seja visível nos raios-X.

Cistoscopia. O médico utiliza um tubo fino com iluminação (cistoscópio) para examinar directamente o interior da bexiga. Seguidamente, insere o cistoscópio na bexiga através da uretra, a fim de examinar o revestimento da bexiga. Para este exame pode ser necessário anestesia. Com a ajuda do cistoscópio, o médico colhe amostras de tecido que serão, posteriormente, examinadas ao microscópio por um patologista. À colheita de tecido para a pesquisa de células cancerígenas dá-se o nome de biópsia. Em muitos casos, a biópsia é a única forma segura de determinar a existência de cancro. Num pequeno número de doentes em que, durante a biópsia, é removida toda a zona afectada, o cancro da bexiga é diagnosticado e tratado num procedimento único.


Tratamento:

Os doentes com cancro da bexiga têm várias opções de tratamento. Podem ser submetidos a cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou terapêutica biológica. Alguns doentes são submetidos a terapêutica combinada. O tipo de tratamento a efectuar depende muito do estádio e do grau do tumor.

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